Ícaro de uma xamã shipibo
Elisa Vargas Fernandez, xamã shipibo da Amazônia peruana, entoa um ícaro, canção de amor e gratidão de seu povo, neste vídeo da Amazon Herb Company que atua junto à nação shipibo no sentido de apoiar sua luta pela terra e a preservação da biodiversidade. Recebi a seguinte mensagem do autor do vídeo, Troy, que trabalha com esses produtos florestais que afirma serem obtidos de modo sustentável na selva peruana:
Hi Eduardo,
I work with The Amazon Herb Co. We SUSTAINABLY harvest herbs from the amazon with the indigenous tribes. Our products are offered to people here in the "modern" world where it is needed most because the food chain is contaminated and people are very sick. Our mission and vision is simple: the more people that use these plants the quicker we make the Amazon worth more ALIVE than dead! I have personally been doing herbal medicine for 17 years and have not found a better nutritional source than what is coming out of the Amazon.
much love:
Troy.
Acredito que em países como os Estados Unidos possam existir formas de controle da comercialização desses produtos florestais (neste caso inclusive industrializados) que permitam ao consumidor diferenciar matéria-prima obtida de forma ecologicamente correta (sob manejo sustentável) daquela obtida de modo puramente expoliatório. Mas, e no Brasil? Um novo site de e-commerce, o "Natureza Divina", pretende vender "plantas sagradas" alegando que "Todo o material exposto em nosso site é destinado somente para estudos botânicos, pesquisa científica, propagação, coleção e produção de incensos. Nossos produtos não são destinados ao consumo humano ou animal de qualquer espécie". Vendem, por exemplo, porções de cem gramas de muirapuama (Ptychopetalum olacoides), um afrodisíaco amazônico, como se não se destinasse a consumo humano, e sim a "pesquisa científica", o que pode ser indicativo de alguma falsidade ideológica, pois pesquisadores científicos de verdade têm outros modos de aquisição e jamis o fariam a granel, sem um certificado de pureza da amostra. Mas, quem pode certificar que esse material é resultado de manejo sustentável? Aliás, quem fiscaliza os produtos de medicina natural vendidos livremente nos mercados e feiras-livres de todo o país, em especial na Amazônia e no Nordeste, para saber como eles são obtidos na natureza? Alguém se lembra (leia aqui) do lavrador preso em flagrante no Distrito Federal por tirar um pouco da casca de uma árvore para fazer um chá para a mulher doente? Isso aconteceu como fruto do acaso: o mesmo produto se vendido numa feira-livre não teria nenhuma forma de controle. Mas que órgão governamental brasileiro possuirá competência para realmente coibir a exploração irracional em larga escala de produtos florestais fitoterápicos? Nossa discussão a respeito da comercialização internacional indiscriminada de enteógenos continua...
Troy.
Acredito que em países como os Estados Unidos possam existir formas de controle da comercialização desses produtos florestais (neste caso inclusive industrializados) que permitam ao consumidor diferenciar matéria-prima obtida de forma ecologicamente correta (sob manejo sustentável) daquela obtida de modo puramente expoliatório. Mas, e no Brasil? Um novo site de e-commerce, o "Natureza Divina", pretende vender "plantas sagradas" alegando que "Todo o material exposto em nosso site é destinado somente para estudos botânicos, pesquisa científica, propagação, coleção e produção de incensos. Nossos produtos não são destinados ao consumo humano ou animal de qualquer espécie". Vendem, por exemplo, porções de cem gramas de muirapuama (Ptychopetalum olacoides), um afrodisíaco amazônico, como se não se destinasse a consumo humano, e sim a "pesquisa científica", o que pode ser indicativo de alguma falsidade ideológica, pois pesquisadores científicos de verdade têm outros modos de aquisição e jamis o fariam a granel, sem um certificado de pureza da amostra. Mas, quem pode certificar que esse material é resultado de manejo sustentável? Aliás, quem fiscaliza os produtos de medicina natural vendidos livremente nos mercados e feiras-livres de todo o país, em especial na Amazônia e no Nordeste, para saber como eles são obtidos na natureza? Alguém se lembra (leia aqui) do lavrador preso em flagrante no Distrito Federal por tirar um pouco da casca de uma árvore para fazer um chá para a mulher doente? Isso aconteceu como fruto do acaso: o mesmo produto se vendido numa feira-livre não teria nenhuma forma de controle. Mas que órgão governamental brasileiro possuirá competência para realmente coibir a exploração irracional em larga escala de produtos florestais fitoterápicos? Nossa discussão a respeito da comercialização internacional indiscriminada de enteógenos continua...
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