1 de novembro de 2007

Juventude indígena se manifesta

Crianças Shipibo-Konibo com o mapa que fizeram de sua comunidade.

"Agora é a nós os jovens indigenas que toca defender nossos direitos e lutar por nossos povos e culturas, Juventudes Indígenas de nosso continente. Este setor populacional apresenta uma muito profunda situação de vulnerabilidade social e econômica, pois é evidente uma extensa discriminação étnica em nossos países, assim como a significativa invisibilidade das juventudes indígenas.

Se estima que a população indígena do continente estaria entre 33 e 40 milhões de pessoas, sendo uma percentagem importante de jovens, pertencentes a uns 400 grupos étnicos (cada grupo tem seu próprio idioma, organização social, cosmovisão, sistema econômico e modelo de produção. Isto mostra a grande diversidade cultural, assim como a relevância também quantitativa de um sector escassamente considerado nos temas de juventudes.

Os jovens indígenas e suas comunidades desenvolvem um trabalho muito relevante de todas as ordens - social, econômica, cultural e política - , em quase todos os países existem grupos, organizações, redes, projetos e programas que têm aos próprios jovens indígenas como protagonistas, assim como existem fundos e programas nacionais de e para comunidades nativas. Estas experiências não são freqüentemente difundidas nos circuitos de “juventudes” , por isto esta breve e muito parcial sistematização de documentos, referências, e organizações tem como finalidade aportar uma maior visibilidade de um setor de jovens que representam um capital cultural, social e humano fundamental para repensar às juventudes latino-americanas".

Texto do wetsa Nestor Paiva Pinedo, shipibo-konibo, estudante de teatro e circo, promotor cultural e membro do Colectivo Juventud. Contatos com o autor: shipipaiva@gmail.com

Para saber mais sobre os Shipibo-Konibo visitem o site Shipibo Nation.

Visão xamânica pintada pelo jovem pintor shipibo Nixon Yuimachi e doada ao Village Earth com a finalidade de arrecadar dinheiro para projetos colaborativos entre o povo Shipibo e esta instituição norte-americana.

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