Stübel e Reiss
Xamãs bolivianos (Caporoches): Conselheiros médicos e vendedores de remédios. (Caquiaviri, Altiplano da Bolívia)
A grande amizade de dois geólogos alemães no século 19 rendeu o surgimento de um rico acervo documental, inclusive fotográfico, onde a América do Sul é retratada a partir do modo de vida de seus habitantes. Franz Stephen Kohl em "Collection Alphons Stübel": um tesouro escondido , nos conta:
Como fruto dessa amizade nasceu, poucos anos depois do primeiro encontro, o projeto de uma expedição para o arquipélago do Havaí, conhecido por seus vulcões. Já em 1868, Alphons Stübel e Wilhelm Reiss embarcaram rumo ao Oceano Pacifico. Mas, antes de chegar no Havaí pretendiam fazer uma excursão nos Andes sul-americanos. Queriam explorar a cadeia de montanhas e os vulcões nos Andes na Colômbia e no Equador. Desembarcaram no continente no começo do mesmo ano, começando a sua excursão rumando para os Andes. Os dois viajantes-cientistas foram surpreendidos pela riqueza e diversidade do material geográfico encontrado e ficaram fascinados pelas majestosas montanhas. A planejada excursão de algumas semanas tornou-se "a mais profunda e mais bem-sucedida viagem científica da história do descobrimento das Américas", como o geólogo Hans Meyer declarou no necrólogio por ocasião da morte de Stübel em 1904, colocando-a na frente da expedição de Alexander von Humboldt. Sem querer comparar os méritos do naturalista Humboldt com os dos viajantes Alphons Stübel e Wilhem Reiss, podemos sem dúvida considerar a dupla de vulcanólogos entre os mais importantes pesquisadores da América do Sul oitocentista.
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Stübel e Reiss ficaram quase uma década na América do Sul, retornando para a Europa sem sequer rumar para o Havai em nenhuma outra ocasião.
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Os dois começaram a sua expedição pela Colômbia e Equador onde permaneceram por mais de seis anos. No final de 1874 seguiram para o Peru e em setembro do ano seguinte chegaram ao Brasil, onde permaneceram por quase seis meses. Wilhelm Reiss, depois de oito anos de viagem, desmoralizado pelo cansaço e pelas doenças, retornou para a Alemanha. Mas Alphons Stübel, obcecado cientista, movido pela insaciável ambição científica, reuniu suas últimas forças para continuar viajando sozinho por mais um ano na América do Sul. Deixando o Brasil em março de 1876 cruzou o continente, passando pelo Uruguai, Argentina, Chile e Bolívia. Ainda voltou para o Peru e o Equador, de onde embarcou para os Estados Unidos. Passou por San Francisco para pegar o material que enviara para lá 9 anos antes, que empregaria na expedição ao Havai. Cruzou os Estados Unidos da costa leste até a oeste, visitando as famosas cataratas do Niágara antes de embarcar em julho de 1877 em Nova York, com destino a Leipzig. Chegou no final do mesmo ano, quase dez anos após a sua partida, em dezembro de 1868.
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Stübel viajou por nada menos que oito estados sul-americanos. Somente não esteve no Paraguai nem na Venezuela. Junto com seu colega, realizou inúmeros estudos geológicos, arqueológicos, etnográficos e antropológicos. Ambos "chegaram à América do Sul como vulcanólogos, e deixaram o continente como arqueólogos, etnólogos, geógrafos e apaixonados colecionadores de fotografias.
Andreas Brockmann mostra algumas fotos de Stübel e Reiss em seu artigo "Las Sociedades Latino-Americanas vistas por Stübel y Reiss" comenta:
Stübel e Reiss foram geógrafos. A natureza latino-americana os seduziu. Em troca, a população dos países visitados por eles não lhes foi acessível. Isto aparece completamente claro nas cartas de viagem redigidas por Stübel e é o tom característico de cada um destes documentos. O valor etnológico e sociológico de seu legado está definido sobretudo pelas coleções reunidas e menos pelos comentários que, à exceção de casos excepcionais, estavam direcionados a um público científico. Ao lado dos trabajos arqueológicos conjuntos e da rica e completa coleção de material etnográfico, assim como da documentação do assentamento de Tiahuanaco realizado por Stübel, se destaca sobretudo a coleção de fotografia que permite dar uma vista de olhos às sociedades visitadas pelos viajantes alemães.
Para ler em espanhol a biografia e os relatos de viagem destes cientistas alemães na América do Sul, visite: About the life and work of Alphons Stübel and Wilhelm Reiss
Como fruto dessa amizade nasceu, poucos anos depois do primeiro encontro, o projeto de uma expedição para o arquipélago do Havaí, conhecido por seus vulcões. Já em 1868, Alphons Stübel e Wilhelm Reiss embarcaram rumo ao Oceano Pacifico. Mas, antes de chegar no Havaí pretendiam fazer uma excursão nos Andes sul-americanos. Queriam explorar a cadeia de montanhas e os vulcões nos Andes na Colômbia e no Equador. Desembarcaram no continente no começo do mesmo ano, começando a sua excursão rumando para os Andes. Os dois viajantes-cientistas foram surpreendidos pela riqueza e diversidade do material geográfico encontrado e ficaram fascinados pelas majestosas montanhas. A planejada excursão de algumas semanas tornou-se "a mais profunda e mais bem-sucedida viagem científica da história do descobrimento das Américas", como o geólogo Hans Meyer declarou no necrólogio por ocasião da morte de Stübel em 1904, colocando-a na frente da expedição de Alexander von Humboldt. Sem querer comparar os méritos do naturalista Humboldt com os dos viajantes Alphons Stübel e Wilhem Reiss, podemos sem dúvida considerar a dupla de vulcanólogos entre os mais importantes pesquisadores da América do Sul oitocentista.
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Stübel e Reiss ficaram quase uma década na América do Sul, retornando para a Europa sem sequer rumar para o Havai em nenhuma outra ocasião.
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Os dois começaram a sua expedição pela Colômbia e Equador onde permaneceram por mais de seis anos. No final de 1874 seguiram para o Peru e em setembro do ano seguinte chegaram ao Brasil, onde permaneceram por quase seis meses. Wilhelm Reiss, depois de oito anos de viagem, desmoralizado pelo cansaço e pelas doenças, retornou para a Alemanha. Mas Alphons Stübel, obcecado cientista, movido pela insaciável ambição científica, reuniu suas últimas forças para continuar viajando sozinho por mais um ano na América do Sul. Deixando o Brasil em março de 1876 cruzou o continente, passando pelo Uruguai, Argentina, Chile e Bolívia. Ainda voltou para o Peru e o Equador, de onde embarcou para os Estados Unidos. Passou por San Francisco para pegar o material que enviara para lá 9 anos antes, que empregaria na expedição ao Havai. Cruzou os Estados Unidos da costa leste até a oeste, visitando as famosas cataratas do Niágara antes de embarcar em julho de 1877 em Nova York, com destino a Leipzig. Chegou no final do mesmo ano, quase dez anos após a sua partida, em dezembro de 1868.
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Stübel viajou por nada menos que oito estados sul-americanos. Somente não esteve no Paraguai nem na Venezuela. Junto com seu colega, realizou inúmeros estudos geológicos, arqueológicos, etnográficos e antropológicos. Ambos "chegaram à América do Sul como vulcanólogos, e deixaram o continente como arqueólogos, etnólogos, geógrafos e apaixonados colecionadores de fotografias.
Andreas Brockmann mostra algumas fotos de Stübel e Reiss em seu artigo "Las Sociedades Latino-Americanas vistas por Stübel y Reiss" comenta:
Stübel e Reiss foram geógrafos. A natureza latino-americana os seduziu. Em troca, a população dos países visitados por eles não lhes foi acessível. Isto aparece completamente claro nas cartas de viagem redigidas por Stübel e é o tom característico de cada um destes documentos. O valor etnológico e sociológico de seu legado está definido sobretudo pelas coleções reunidas e menos pelos comentários que, à exceção de casos excepcionais, estavam direcionados a um público científico. Ao lado dos trabajos arqueológicos conjuntos e da rica e completa coleção de material etnográfico, assim como da documentação do assentamento de Tiahuanaco realizado por Stübel, se destaca sobretudo a coleção de fotografia que permite dar uma vista de olhos às sociedades visitadas pelos viajantes alemães.
Para ler em espanhol a biografia e os relatos de viagem destes cientistas alemães na América do Sul, visite: About the life and work of Alphons Stübel and Wilhelm Reiss
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