Curtis, Edward Sheriff
"Blanket weaver", foto de mulher cheyenne por Edward S. Curtis (1905)
A arte fotográfica histórica deixada por Edward Sheriff Curtis em sua obra The North American Indian preserva algo da magnifiscência, a beleza e a herança desses maravilhosos Ameríndios, mas é também retrato do resultado do etnocídio imposto pelos conquistadores europeus na América do Norte aos chamados "peles-vermelhas".
Por volta de 1890, Edward Curtis iniciou sua carreira fotografando nativos de Puget Sound, no norte do estado de Washington, escavando atrás de moluscos. Um de seus primeiros modelos indígenas foi "Princesa Angeline", filha do Chefe Seatlh, o cacique Suquamish depois conhecido como Seattle e do qual a história também preservou seu eloquente pronunciamento ao Presidente Pierce em 1854:
"(...) Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume das pinhas. (...)"
Em 1900 Edward Curtis inspirou-se a fotografar The North American Indian enquanto observava a Dança do Sol reunindo os Blackfeet, Bloods, e Algonquin na Reserva Piegan em Montana. Ele estimou que sua história fotográfica levaria quinze anos para ser completada. Levou trinta! Curtis estudou mais de oitenta tribos tirando mais de quarenta mil fotografias. Ele publicou vinte volumes da coleção entre 1907 e 1930.
Em 1935 os direitos e o material remanescente não publicado foi vendido pelo hipotecárioMorgan para a Charles E. Lauriat Company em Boston por mil dólares mais uma porcentagem de algum royalty futuro. Isto incluía 19 exemplares completos de The North American Indian, milhares de papéis de impressão individuais, os moldes de impressão em cobre, e os negativos originais em vidro que eram usados na época. Lauriat vendeu tudo que pode e o que sobrou intocado em Boston só foi redescoberto em 1972. Curtis faleceu em 1952 aos oitenta e quatro anos de vida.
Por volta de 1890, Edward Curtis iniciou sua carreira fotografando nativos de Puget Sound, no norte do estado de Washington, escavando atrás de moluscos. Um de seus primeiros modelos indígenas foi "Princesa Angeline", filha do Chefe Seatlh, o cacique Suquamish depois conhecido como Seattle e do qual a história também preservou seu eloquente pronunciamento ao Presidente Pierce em 1854:
"(...) Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender. O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume das pinhas. (...)"
Em 1900 Edward Curtis inspirou-se a fotografar The North American Indian enquanto observava a Dança do Sol reunindo os Blackfeet, Bloods, e Algonquin na Reserva Piegan em Montana. Ele estimou que sua história fotográfica levaria quinze anos para ser completada. Levou trinta! Curtis estudou mais de oitenta tribos tirando mais de quarenta mil fotografias. Ele publicou vinte volumes da coleção entre 1907 e 1930.
Em 1935 os direitos e o material remanescente não publicado foi vendido pelo hipotecárioMorgan para a Charles E. Lauriat Company em Boston por mil dólares mais uma porcentagem de algum royalty futuro. Isto incluía 19 exemplares completos de The North American Indian, milhares de papéis de impressão individuais, os moldes de impressão em cobre, e os negativos originais em vidro que eram usados na época. Lauriat vendeu tudo que pode e o que sobrou intocado em Boston só foi redescoberto em 1972. Curtis faleceu em 1952 aos oitenta e quatro anos de vida.
Para se ler em português: "Edward Curtis, uma construção imagética do índio norte-americano", de Sara Brandon. Vejam fotos e mais informações em Wikipedia e no site www.edwardcurtis-nativeamericanpictures.com. Há também uma exposição virtual de Curtis em Curtis Collection.
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