23 de julho de 2009

Yukpas contra a incoerência de Chávez

“Nos territórios indígenas não há terras para os povoadores, mas sim para os projetos mineradores”, concluíram os dirigentes indígenas de Yukpa após reunirem-se na comunidade Shirapta con alguns vice-ministros, deputados da Assembléia Nacional venezuelana e o alcaide do lugar.
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Como sinal de protesto os povoadores indígenas tomaram a sede do município Machiques de Perijá devido a que o atual prefeito, Vidal Prieto, não cumpriu com as promessas formuladas durante sua campanha eleitoral. Posteriormente, Prieto formou parte de uma comissão de alto nível encarregada de transformar as comunidades em vitrines demostrativas das obras do governo nacional dentro da estratégia do processo de demarcação do território Yukpa coordenado pelo Ministério de Interior e Justiça.
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A este processo se denominou “Plan Integral para la Defensa, Desarrollo y Consolidación de los Municipios Fronterizos Machiques de Perijá, Rosario de Perijá y Jesús María Semprún del Estado Zulia. Comunidades Indígenas Yukpa”. Entretanto, a população nativa manifestou seu rechaço imediato ao detectar que “detrás de todos estes ingênuos projetos cívico/indígena/militar/demarcação de terra está a influência da mineração”.
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Nesse sentido, o alcaide afirmou que a construção de um prometido teleférico passa pela aprovação da exploração de uma mina de cal e a construção de uma fábrica de cimento com capitais chineses e canadenses. Para parar estes projetos mineradores de capital misto, o povo Yukpa e os ecologistas anunciaram este mês mobilizações pela defesa da serra de Perijá, pelo território, a demarcação e entrega de títulos coletivos de propriedade das 200 mil hectáreas auto demarcadas pelo povo ou nação Yukpa.

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