11 de janeiro de 2010

A arte de Kozák e os índios do Brasil

Ceramista Karajá. Foto: Vladimir Kozak – Museu Paranaense/s.d.

No século XX a arte indígena no Brasil foi bastante difundida através do desenhista, pintor, fotógrafo e cinegrafista Vladimir Kozák (1897-1979), que se radicou no Paraná no final dos anos 1930. O engenheiro mecânico tcheco migrou para o Brasil em 1920, morou em diversos estados brasileiros, registrando aspectos etnológicos e botânicos. No final dos anos trinta aprofundou seus estudos antropológicos, principalmente voltados à figura do indígena.

O legado de Kozák não é pequeno: são telas, desenhos, objetos, fotografias e rolos de filme. Muitos deles encontrados no Museu Paranaense. Apesar das cenas de carnavais e das extintas Congadas, o que se destaca aqui é sua contribuição em registrar os costumes indígenas do grupo Xetás, que até os anos de 1950 habitavam a região da Serra dos Dourados, no município de Umuarama, no noroeste do estado.

Por muito tempo Kozák tentou transformar a pintura indígena em uma nova corrente artística. Seu passatempo de férias era visitar as tribos e registrar nas telas os costumes dos povos. O pintor morreu em 1979, e, há 20 anos, contextualizou em palavras a importância dada pelos pintores à arte indígena: “Os índios estão esquecidos”.

Fonte: SuperElo e Picasa

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