Da espuma do mar
“Uma história muito importante e bem menos conhecida, que me foi passada pelo Prof. Enrico Clemente Mattievich Kunich, eminente Físico e Arqueólogo e que consta na sua obra “Viagem ao Inferno Mitológico”, especificamente detalhada no capítulo VI – “Cadmo Vence a Serpente Geográfica”, onde temos a ligação da palavra Brasil a uma antiga cidade grega chamada Brasiae.
Contemporânea do legislador Sólon que era avô de Platão, que se declarava “um Homem Lacônico” embora não tivesse nascido lá (...) por causa do modo de vida com que era conhecido este pedaço da Grécia. Este modo de vida muito austero é que deu lugar ao termo “vida espartana”, que significa – vida rigorosa e sem luxo algum. O nome antigo de Lacônia foi citado por Homero com o epíteto de “A Amável Lacedemone”. Parecia pelas indicações dos versos um lugar agradável e de belas paisagens. (...) No meio de Lacônia, a Oeste do que foi a cidade de Brasiae, está Esparta, banhada pelo rio Eurotas. Seus habitantes, chamados “espartoi”, se diziam ser “homens semeados” (...).
Narravam os habitantes da cidade de Brasiae, que a filha de Cadmo, Sêmele, após ter de Zeus seu filho Dionísio, foi depositada num cesto, e junto a seu filho foi lançada nas costas da cidade litorânea de Brasiae. (...) a cidade se chamava Oreitae, foi mudada por Brasiae. Efetivamente, Brasis expressa em grego a ação pela qual as ondas arrojam na praia os objetos que flutuam no mar. Quando Pausarias se refere aos habitantes de Lacônia dá o nome do lugar ao qual foram levados os homens e seus objetos pelas ondas do mar.
Brasilas ou Brasidas eram nomes próprios de pessoas encontrados na cidade de Esparta, sendo que Brasis significa borbulho da água, fermentação e fervura. Também significa a ação de rejeitar, por borbulho na praia.
Outro fato que chama atenção é a ligação deste borbulho com o nascimento da deusa Afrodite que significa para Hesíodo na sua obra “Teogonia, a origem dos deuses” versos 155-200, “espuma do mar” (...) “.
Fonte: “Purpúreo: As Histórias do Nome do Brasil”, de João Antenógenes Prudencio da Costa (2002).
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