Caraíbas
foto: News for Natives
Os Caraíbas (Coribantes?) foram os remanescentes de um sacerdócio extinto. Tinham um processo de evocar os oráculos que faz lembrar de longe o das pitonisas ou sibilas. Tomavam um fruto grande e arredondado, mais uma cabaça que uma mandrágora, no qual, natural ou artificialmente, apareciam os cabelos, olhos, boca, orelhas e nariz de uma cabeça humana. O fruto redondo era atravessado por uma flecha, talvez simbolizando a Terra e seu eixo; em seguida era enchido com fumaça de tabaco ou de outro narcótico que, ao perturbar o oficiante, chegava a provocar nele um frenesi mântico ao qual era associado o dom da profecia, como Simão de Vasconcelos descreve detalhadamente.
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Este símbolo astronômico da Terra, ou antes, do espírito que dirige a Terra, não era o único símbolo dos aborígenes brasileiros, que também contavam com os círculos mágicos ou danças sagradas, eco longínquo das solenidades misteriosíssimas da iniciação em cujo segredo teria sido transmitida no Adita dos templos a verdadeira doutrina heliocêntrica, tanto na Caldéia como no Egito e na Grécia e até na Igreja Católica e na Maçonaria, sem que estas duas últimas jamais tenham penetrado em todo o seu alcance cosmogônico.
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Este símbolo astronômico da Terra, ou antes, do espírito que dirige a Terra, não era o único símbolo dos aborígenes brasileiros, que também contavam com os círculos mágicos ou danças sagradas, eco longínquo das solenidades misteriosíssimas da iniciação em cujo segredo teria sido transmitida no Adita dos templos a verdadeira doutrina heliocêntrica, tanto na Caldéia como no Egito e na Grécia e até na Igreja Católica e na Maçonaria, sem que estas duas últimas jamais tenham penetrado em todo o seu alcance cosmogônico.
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Mais de mil guerreiros, ataviados de maneira luxuosa e estranha, davam-se as mãos e formavam um ou mais círculos concêntricos em volta do pajé ou sacerdote, o Hierofante Sol assistido por dois anciãos. Essas cerimônias tinham diversos objetivos, de origens profundas contidas na mais declarada astrologia.
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Entre as várias estrelas e constelações conhecidas por esse povo, um lugar proeminente é ocupado por Pira-panem, Vênus ou piloto da manhã. Aquele povo acreditava nas influências dos astros e dos espíritos custódios dos mesmos. (Dario Vellozo, A Teogonia e a Magia entre os Aborígenes do Brasil - Revista Sophia, 1, XI, 1903).
Fonte: Roso de Luna, Mario. "O Simbolismo das Religiões". Tradução de J.E. Smith Caldas. São Paulo: Siciliano, 1990. p.279.
Fonte: Roso de Luna, Mario. "O Simbolismo das Religiões". Tradução de J.E. Smith Caldas. São Paulo: Siciliano, 1990. p.279.
Um comentário:
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