Xavantes, Senhores das Águas
"Owners of the Water": trailer para um filme a ser lançado sobre o movimento social indígena contra o agrobusiness irresponsável da soja na Amazônia brasileira. Dirigido por Laura Graham, David Hernandez Palmar, Caimi Waiasse. Editado por Drew Annis e Laura Graham.
Os Xavantes agora em seu próprio site podem se comunicar :
"O povo Xavante se autodenomina A'wê Uptabi, povo verdadeiro. Vive hoje entre os estados de Mato Grosso e Goiás, Centro-Oeste do Brasil, numa região de cerrado. São cerca de 9 mil pessoas, vivendo em 55 aldeias, em sete reservas diferentes: Rio das Mortes, Couto Magalhães, Marechal Rondon, Areões, São Marcos, Sangradouro e Parabuburi. A língua que falam está classificada no tronco Jê.
Nossa aldeia é a Etêniritipa. É considerada entre os Xavantes como a aldeia mãe, por ser a última a ter contato com os brancos, há cinqüenta anos atrás. Depois disso foi denominada como Pimentel Barbosa. Localiza-se na Reserva Rio das Mortes, próxima às cidades de Canarana e Cascalheira. Na aldeia vivem cerca de quatrocentas pessoas, em 25 ocas dispostas num semicírculo em torno do Warã, voltadas para o rio e para a serra do Roncador.
Esta região hoje está cercada por fazendas de criação de bois e plantação de arroz e soja. Isso significa desmatamento e determina um processo de degradação do solo, além da poluição dos rios que adentram a reserva e são fonte de água para a aldeia. Atualmente, o projeto Brasil em Ação, do Governo Federal, está prevendo a construção de uma hidrovia que deverá passar pelo rio das Mortes, Araguaia e Tocantins, criando um corredor de exportação de soja e outros produtos para os países desenvolvidos. A construção da hidrovia vai modificar muito o rio, vai alterar o ecossistema e o fluxo das águas. Esse projeto não é bom nem para o rio, nem para as pessoas e os animais que vivem ali. Com isso, é clara a interfêrencia direta e indireta do branco na cultura Xavante, o que causa sérios problemas para a sobrevivência da aldeia.
Foi exatamente por este motivo que decidimos fazer este site. Precisavamos de um espaço para mostrar nossa cultura, nossa sabedoria, nosso jeito de viver neste mundo. É preciso que o branco entenda que não estamos contra ele, e sim a favor de uma harmonia para ambos os povos.
Somos guerreiros. Temos estratégias para sobreviver e seguir nossa tradição. Por isso decidimos trabalhar com o Projeto Aprendiz na construção deste site, e ter este espaço mágico do computador para que a gente possa conversar com muitas pessoas que partilham do nosso pensamento e também se preocupam com a saúde do nosso planeta. E que esta conversa traga frutos bons, mudanças na realidade de nossos povos, mais respeito e oportunidade para o futuro."
Leiam também: "Índios pedem distância de agrotóxico", de Alecy Alves.
Os Xavantes agora em seu próprio site podem se comunicar :
"O povo Xavante se autodenomina A'wê Uptabi, povo verdadeiro. Vive hoje entre os estados de Mato Grosso e Goiás, Centro-Oeste do Brasil, numa região de cerrado. São cerca de 9 mil pessoas, vivendo em 55 aldeias, em sete reservas diferentes: Rio das Mortes, Couto Magalhães, Marechal Rondon, Areões, São Marcos, Sangradouro e Parabuburi. A língua que falam está classificada no tronco Jê.
Nossa aldeia é a Etêniritipa. É considerada entre os Xavantes como a aldeia mãe, por ser a última a ter contato com os brancos, há cinqüenta anos atrás. Depois disso foi denominada como Pimentel Barbosa. Localiza-se na Reserva Rio das Mortes, próxima às cidades de Canarana e Cascalheira. Na aldeia vivem cerca de quatrocentas pessoas, em 25 ocas dispostas num semicírculo em torno do Warã, voltadas para o rio e para a serra do Roncador.
Esta região hoje está cercada por fazendas de criação de bois e plantação de arroz e soja. Isso significa desmatamento e determina um processo de degradação do solo, além da poluição dos rios que adentram a reserva e são fonte de água para a aldeia. Atualmente, o projeto Brasil em Ação, do Governo Federal, está prevendo a construção de uma hidrovia que deverá passar pelo rio das Mortes, Araguaia e Tocantins, criando um corredor de exportação de soja e outros produtos para os países desenvolvidos. A construção da hidrovia vai modificar muito o rio, vai alterar o ecossistema e o fluxo das águas. Esse projeto não é bom nem para o rio, nem para as pessoas e os animais que vivem ali. Com isso, é clara a interfêrencia direta e indireta do branco na cultura Xavante, o que causa sérios problemas para a sobrevivência da aldeia.
Foi exatamente por este motivo que decidimos fazer este site. Precisavamos de um espaço para mostrar nossa cultura, nossa sabedoria, nosso jeito de viver neste mundo. É preciso que o branco entenda que não estamos contra ele, e sim a favor de uma harmonia para ambos os povos.
Somos guerreiros. Temos estratégias para sobreviver e seguir nossa tradição. Por isso decidimos trabalhar com o Projeto Aprendiz na construção deste site, e ter este espaço mágico do computador para que a gente possa conversar com muitas pessoas que partilham do nosso pensamento e também se preocupam com a saúde do nosso planeta. E que esta conversa traga frutos bons, mudanças na realidade de nossos povos, mais respeito e oportunidade para o futuro."
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