Brigadas Indígenas em Mato Grosso
Depois do surgimento das "Brigadas em Solidariedade aos Povos Indígenas" nas matas do Espírito Santo em movimento de ativismo humanitário, a idéia parece haver sido "encampada" por outro estado brasileiro, o Mato Grosso, grande campeão de desmatamento florestal (e aumento de PIB) na última década. O tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, em Cuiabá, data de comemoração da Independência nacional, trouxe neste ano uma novidade demonstrando um projeto pioneiro no país. Vinte e cinco índios do Parque do Xingu, que formam a primeira brigada indígena de prevenção e combate a incêndios florestais criada no Brasil, se apresentaram na avenida Rubens de Mendonça, neste domingo de muitas queimadas em toda a Amazônia. Acompanharam a brigada no desfile outros 55 índios de quatro etnias da região do Médio Xingu – Trumai, Panará, Kaiapó e Juruna.
O grupo que participou do desfile em Cuiabá da aldeia Metuktire, da etnia Kaiapó, está em fase de capacitação e treinamento. Todo o curso de brigadista é ministrado pelo Corpo de Bombeiros do Estado e coordenado pelo major BM Alessandro Mariano Rodrigues.
A iniciativa de formação da brigada partiu dos próprios líderes indígenas que sentiram a necessidade de capacitar os jovens das aldeias para trabalhar a prevenção e combate a incêndios nas áreas de mata. A intenção do curso é justamente a de trabalhar a prevenção e auxiliar os habitantes das aldeias, especialmente em época de estiagem, a evitar que o fogo utilizado, por exemplo, no preparo de alimentos, se alastre com facilidade em função do vento em áreas abertas
A previsão do curso é a de capacitar até o próximo ano, aproximadamente 1.050 índios, capacitados e integrados nas brigadas, em todo o Estado. Além de exercício para prevenção e combate a incêndios florestais nas reservas indígenas, eles também estão recebendo noções de atendimento em primeiros socorros.
A criação das brigadas indígenas está autorizada pelo Decreto nº 1.223/2008, em um Termo de Cooperação Técnica entre Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Casa Civil. O projeto é executado com o apoio do Banco do Brasil, Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) e Instituto Raoni.
A capacitação para brigadista deve ser solicitada pelo líder indígena local, conforme prevê o decreto, e Fundação Nacional do Índio (Funai). Depois de treinados, os bombeiros índios serão equipados com todo o material necessário para o trabalho.
Na última estiagem ocorrida em 2007, o Parque Indígena do Xingu foi uma das áreas de preservação de Mato Grosso mais afetadas pelas queimadas e focos de incêndio. Com a formação dos brigadistas, conhecedores da região em que habitam, amplia a capacidade de prevenção e combate ao fogo que nos últimos anos, em função de secas prolongadas e de extensas áreas abertas, atingiu inúmeras aldeias e provocou prejuízos em tabas inteiras.
Para o cacique kaiapó, Megaron Txucarramae, um dos líderes nessa inciativa, destaca a importância dos indígenas no processo de conscientização ambiental e preservação das florestas "O Governo do Estado está nos apoiando nessa iniciativa. Antigamente, podia usar fogo em tudo para nossas coisas, hoje se tiver fogo temos que apagar, para não prejudicar nossas matas!”.
Fontes: 24Horas News e SECOM-MT.
O grupo que participou do desfile em Cuiabá da aldeia Metuktire, da etnia Kaiapó, está em fase de capacitação e treinamento. Todo o curso de brigadista é ministrado pelo Corpo de Bombeiros do Estado e coordenado pelo major BM Alessandro Mariano Rodrigues.
A iniciativa de formação da brigada partiu dos próprios líderes indígenas que sentiram a necessidade de capacitar os jovens das aldeias para trabalhar a prevenção e combate a incêndios nas áreas de mata. A intenção do curso é justamente a de trabalhar a prevenção e auxiliar os habitantes das aldeias, especialmente em época de estiagem, a evitar que o fogo utilizado, por exemplo, no preparo de alimentos, se alastre com facilidade em função do vento em áreas abertas
A previsão do curso é a de capacitar até o próximo ano, aproximadamente 1.050 índios, capacitados e integrados nas brigadas, em todo o Estado. Além de exercício para prevenção e combate a incêndios florestais nas reservas indígenas, eles também estão recebendo noções de atendimento em primeiros socorros.
A criação das brigadas indígenas está autorizada pelo Decreto nº 1.223/2008, em um Termo de Cooperação Técnica entre Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Casa Civil. O projeto é executado com o apoio do Banco do Brasil, Banco Internacional de Desenvolvimento (BID) e Instituto Raoni.
A capacitação para brigadista deve ser solicitada pelo líder indígena local, conforme prevê o decreto, e Fundação Nacional do Índio (Funai). Depois de treinados, os bombeiros índios serão equipados com todo o material necessário para o trabalho.
Na última estiagem ocorrida em 2007, o Parque Indígena do Xingu foi uma das áreas de preservação de Mato Grosso mais afetadas pelas queimadas e focos de incêndio. Com a formação dos brigadistas, conhecedores da região em que habitam, amplia a capacidade de prevenção e combate ao fogo que nos últimos anos, em função de secas prolongadas e de extensas áreas abertas, atingiu inúmeras aldeias e provocou prejuízos em tabas inteiras.
Para o cacique kaiapó, Megaron Txucarramae, um dos líderes nessa inciativa, destaca a importância dos indígenas no processo de conscientização ambiental e preservação das florestas "O Governo do Estado está nos apoiando nessa iniciativa. Antigamente, podia usar fogo em tudo para nossas coisas, hoje se tiver fogo temos que apagar, para não prejudicar nossas matas!”.
Fontes: 24Horas News e SECOM-MT.
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