Quem são eles (os isolados e a guerra do mogno)
A caoba ou mogno (Sweetenia macrophylla), também conhecida como “ouro vermelho” por seu alto valor comercial, é a espécie mais procurada no mercado internacional. Na América do Sul, a maior extração comercial desta espécie se encontra no Peru. A sobre-exploração comercial e a talha ilegal em Áreas Naturais Protegidas ou em terras indígenas junto com o deflorestamento para uso agrícola são a causa de seu progressivo desaparecimento. Hoje resta muito pouco mogno em Madre de Dios, abundando esta árvore só nas zonas mais remotas, onde vivem os povos indígenas em isolamento voluntário como yoras, mashcopiro e amahuacas. Os contatos são quase sempre breves e violentos, e culminam no derramamento de sangue ao defenderem os grupos indígenas suas terras com arcos e flechas, e os madeireiros com armas de fogo.
Não houve novidade na aparição na mídia dos índios desconhecidos encontrados pela Funai nas brenhas do Acre. Há muito se sabe que estas populações indígenas vivem nas planícies adjacentes aos rios, nas províncias de Iñapari e Iberia. A região também abriga a outros não contactados ou grupos indígenas isolados, como os Chitonahua, Amahuscar, Maxonahuas, e Morunahuas. A sobrevivência física e cultural destes povos indígenas depende da proteção das matas de Madre de Dios, região peruana cuja capital é Puerto Maldonado, cidade no eixo da rodovia trans-oceânica projetada e em finalização ligando o estado brasileiro do Acre ao Oceano Pacífico. Com isso também a selva onde viviam os grupos isolados passou a ser atingida, e o vandalismo da exploração madeireira na região teve oportunidade de sucessos contra grupos que vêm nos últimos meses se movimentando em direção do território brasileiro (no Acre o bravo sertanista Meirelles está na frente de contato no Igarapé Xinane, confiram as novidades de lá em Altino Machado).
"A organização da exploração ilegal da madeira no Peru se baseia em um sistema regional amazônico que existe há muito tempo, conhecido como "habilitación", o qual está financiado e controlado por intermediários e por uma poderosa sociedade de madeireiros. Os intermediários (habilitadores) adiantam dinheiro a pequenos bandos de lenhadores equipados (habilitados) para ingressar na mata a cortar árvores, as transportam a serrarias de "branqueamento" para "legalizá-los", e logo os envíam a depósitos de madeira situados nos centros urbanos. Os grupos de lenhadores ilegais estão em constante movimento e bem armados, e se comprovou que usam armas de fogo para resistirem a qualquer tentativa de confiscar sua madeira na mata. A talha é efetuada por trabalhadores florestais sem recursos, enquanto que os intermediários e os magnatas da madeira de cidades e povoados se encarregam da comercialização".
Fonte: Tom Griffiths. Leiam também, de Débora Gabrich,"Os Índios Invisíveis, a Transnacionalização da Amazônia e a Reificação da Natureza".
Não houve novidade na aparição na mídia dos índios desconhecidos encontrados pela Funai nas brenhas do Acre. Há muito se sabe que estas populações indígenas vivem nas planícies adjacentes aos rios, nas províncias de Iñapari e Iberia. A região também abriga a outros não contactados ou grupos indígenas isolados, como os Chitonahua, Amahuscar, Maxonahuas, e Morunahuas. A sobrevivência física e cultural destes povos indígenas depende da proteção das matas de Madre de Dios, região peruana cuja capital é Puerto Maldonado, cidade no eixo da rodovia trans-oceânica projetada e em finalização ligando o estado brasileiro do Acre ao Oceano Pacífico. Com isso também a selva onde viviam os grupos isolados passou a ser atingida, e o vandalismo da exploração madeireira na região teve oportunidade de sucessos contra grupos que vêm nos últimos meses se movimentando em direção do território brasileiro (no Acre o bravo sertanista Meirelles está na frente de contato no Igarapé Xinane, confiram as novidades de lá em Altino Machado).
"A organização da exploração ilegal da madeira no Peru se baseia em um sistema regional amazônico que existe há muito tempo, conhecido como "habilitación", o qual está financiado e controlado por intermediários e por uma poderosa sociedade de madeireiros. Os intermediários (habilitadores) adiantam dinheiro a pequenos bandos de lenhadores equipados (habilitados) para ingressar na mata a cortar árvores, as transportam a serrarias de "branqueamento" para "legalizá-los", e logo os envíam a depósitos de madeira situados nos centros urbanos. Os grupos de lenhadores ilegais estão em constante movimento e bem armados, e se comprovou que usam armas de fogo para resistirem a qualquer tentativa de confiscar sua madeira na mata. A talha é efetuada por trabalhadores florestais sem recursos, enquanto que os intermediários e os magnatas da madeira de cidades e povoados se encarregam da comercialização".
Fonte: Tom Griffiths. Leiam também, de Débora Gabrich,"Os Índios Invisíveis, a Transnacionalização da Amazônia e a Reificação da Natureza".
Nenhum comentário:
Postar um comentário