16 de janeiro de 2010

Estampas Eucalol

"No Guaporé ainda existem muitos índios quase todos pacificados pela missão Rondon. A mulher indígena sabe caçar, pescar, faz seu roçado, tece cestos e faz farinha ajudando ainda os índios em outros misteres."

"Cabe aos homens desmatar e fazer a queimada da área de floresta ou de capoeiras velhas para a constituição das roças. A partir de então, o trabalho torna-se feminino, desde a escolha das variedades de mandioca ou das outras espécies cultivadas até o preparo dos alimentos. No longo trabalho de produzir os diferentes derivados da mandioca (manicuera, tucupi, tapioca, baiji, mingau, farinha), as mulheres gastam praticamente todo o dia.

Depois de preparar a primeira refeição, as mulheres vão à roça colher, fazer o replantio e limpar o terreno; às vezes vão às capoeiras das roças antigas, à procura de frutas que continuam produzindo depois que as roças são abandonadas. Em casa se desdobram entre ralar a mandioca, carregar água do rio para lavar a massa, buscar lenha para o fogo, preparar comida e cuidar e dar atenção para as crianças menores. Desde muito cedo as meninas ajudam sua mãe, no começo apenas entretendo seus irmãozinhos menores para que os adultos possam trabalhar, e depois ajudando em tudo.


Ainda na divisão sexual das tarefas do dia-a-dia, o trabalho artesanal das mulheres restringia-se, tradicionalmente, à produção de cerâmica e cuias, fiação de tucum para cordas, enquanto aos homens cabia a produção dos objetos cerimoniais e toda a cestaria (com exceção dos aturás de cipó, trançados por mulheres maku).


Em muitas culturas indígenas, a mulher ocupa o lugar de geradora e protetora da vida da família. Seu trabalho pesado, constante, silencioso, garante o cuidado e o alimento diário, representado pelo fogo sempre aceso no interior da oca. Seu pensamento, em surdina, contribui discreta e decisivamente nas posições do marido. Fora desse contexto, a mulher indígena é vista como beleza exótica, sedutora, ilustrando as propagandas de turismo ecológico, atraindo turistas. Porém, a realidade é mais dura, quando o sustento da família já não vem mais da roça e as exigências são outras, ditadas pelo consumismo
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Estampas Eucalol eram um tipo de “card” que retratava a cultura do Brasil e algumas vezes de outros países.Emitidas desde o início do século XX, coloridas e em preto e branco, acompanhavam o Sabonete Eucalol e o Creme Dental Eucalol, que mais tarde foi adquirido pela marca Gessy Lever, que passou a editar as Estampas Gessy, maiores e que retratavam os astros e as estrelas de Hollywood... As Estampas Eucalol foram lançadas no final da década de 20, pela Perfumaria Myrta S/A, do Rio de Janeiro. Com certeza, elas agitaram por décadas a vida das pessoas que passaram a colecioná-las...
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Fonte: Girafamania e o site de colecionadores Brasil Antigo , aqui em VIAJANDO BRASIL (Acre).

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