Ticunas contra as FARC
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No último dia 2 de novembro, índios milicianos foram apedrejados e reagiram a tiros, e desse conflito resultaram 11 pessoas feridas. A Polícia Federal investiga dois assassinatos e abusos cometidos por essas milícias de índios brasileiros na fronteira com a Colômbia e o Peru, e o treinamento recebido por elas, dado por membro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, organização terrorista e traficante de cocaína).
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Essas milícias de índios ticunas foram criadas neste ano supostamente para combater o consumo de álcool e o tráfico de drogas nas aldeias. Os integrantes rejeitam o rótulo de milícias e afirmam ser uma "polícia indígena". Dizem que a organização, chamada de Piasol (Polícia Indígena do Alto Solimões) ou SPI (Serviço de Proteção ao Índio), foi criada porque a Polícia Federal e a Funai não impediam a alta incidência de crimes na região do Alto Solimões.
Entre os 36 mil ticunas, dizem ter 1.500 voluntários (3% são mulheres), muitos recrutados entre egressos do Exército.Os indícios da relação das milícias de índios com a organização terrorista e traficante de cocaína das Farc, da Colômbia, surgiram na comunidade de Campo Alegre, em São Paulo de Olivença, onde há 300 milicianos. Uma hipótese é um possível interesse das Farc no fortalecimento de um grupo paramilitar aliado; a outra, a de que guerrilheiros se solidarizam porque há ticunas nas fileiras das Farc.
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