Inovação Social
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Suas atividades são muito diversas, mas têm um denominador comum: a capacidade de se associarem para superar a pobreza e recobrar sua identidade cultural. Buscam uma participação crescente como cidadãos com direitos econômicos, sociais e culturais e como povos, com direitos coletivos.
Seus projetos se destacam devido à criatividade e inovação. São propostas que se apóiam na participação comunitária e podem ser replicadas em outros lugares com baixo custo, facilidade de operação e resultados. Em outras palavras, utilizam estratégias eficientes para melhorar sua qualidade de vida.
Entre 8% e 10 % da população total do continente é indígena, com mais de 400 grupos lingüísticos diferentes. São os mais pobres, têm menor acesso à saúde, educação, serviços básicos e água potável, as condições de vida mais precárias e escasso reconhecimento cultural.
* Decididos a revalorizar sua identidade e a mudar a imagem que a comunidade branca tem deles - associando-os à indigência e marginalidade -, as comunidades de Salta, Jujuy, Formosa, El Chaco e Santa Fé, na Argentina, armaram uma rede de comunicações. Hoje, 135 emissoras transmitem suas notícias, colhidas por correspondentes que vivem nas localidades. (Contato: Jorge Frías, E-mail: coordinacionrci@arnet.com.ar ; Tel.: (54) 3722-421600).
* Em uma reserva da Amazônia peruana, uma comunidade se associa a uma ONG cria um modelo de desenvolvimento sustentável que protege uma zona vulnerável e assegura a geração de renda de seus habitantes. (Contato: Javier Noriega, pronaturaleza@pronaturaleza.org . Tel: (51 65) 23-50-53).
* Uma comunidade de mulheres quechuas criou, com a ajuda de uma freira, uma empresa de tecidos feitos à mão com qualidade de exportação . Hoje vendem sua produção nos Estados Unidos e pensam em ingressar no mercado japonês. (Contato: Victoria Quispe, cip_victoria@yahoo.es ; Tel.: (51 51) 327589 e 322224).
* Uma cooperativa reúne 140 pequenos produtores descendentes de povos originários da Quebrada de Humahuaca, Jujuy, Argentina, para recuperar cultivos andinos. Hoje eles vendem mais de 40 variedades de batatas e diversos tipos de milho. (Contato: javierrodriguez@cauqueva.com.ar , Tel.: (54) 388 499 7185).
* No planalto peruano, um grupo de famílias de recursos escassos desenvolveu, com o apoio de uma ONG, uma tecnologia própria para cultivar trutas a mais de 4.000m de altura , possibilitando o complemento de sua renda. (Contato: Pedro Ramos Jara, iniquillach@hotmail.com , Tel: (51 51) 503690).
* No planalto boliviano, 777 famílias trabalham juntas para erradicar de suas terras uma erva venenosa que mata o gado e invade os cultivos, obrigando-as a emigrar para as cidades. (Contacto: Giannpierre Fiorilo, teléfono (591) 2 528 1288, giannpierre@yahoo.com mailto:giannpierre@yahoo.com).
* O Conselho Geral de Caciques Williche de Chiloé, ilha no sul do Chile, desenvolveu com as autoridades um modelo de gestão compartilhada de saúde que incorpora a cosmovisão indígena e os conhecimentos de medicina ancestrais à saúde moderna. (Contato: Manuel Muñoz Millalonco, ccchilwe@telsur.cl , Tel.: (56 65) 532-660 e 532-661).
* No departamento colombiano de Tolima, se aplica o modelo bicultural de medicina tradicional para os povos pijao e paéz. Eles incentivam as hortas de ervas medicinais, os medicamentos populares e o atendimento médico com a cosmovisão indígena.( Contato: cesarculma@hotmail.com , Tel.: (5798) 2625085).
* No estado do Amazonas, Brasil, uma ONG trabalha com os índios hupdäh, com um modelo de atendimento de saúde e educação que inclui o desenvolvimento de um alfabeto hup, o ensino da leitura e escrita, bem como a formação de agentes de saúde indígenas capazes de dar atendimento básico a enfermidades não conhecidas pela medicina da etnia. (Contato: Marina Machado, sslim@uol.com.br ; Tel.: (55 11) 5539-2968 e 5539-3803).
* Mulheres voluntárias da própria comunidade quechua capacitadas para auxiliar no problema da violência familiar e apoiar as vítimas no processo de denúncia e acompanhamento, trabalham em Cuzco. Elas se unem à comunidade a fim de promover uma mudança para uma vida melhor, envolvendo filhos, esposos, polícia, juizes e professores. (Contato: Rocío Franco, rfranco@idl.org.pe ; Tel.: (51 1) 422-0244).
Maiores informações sobre este concurso em espanhol, inglês, francês e português, bem como material multimídia, na página da CEPAL na internet. Contato: innovación.social@cepal.org . Telefones: (562) 210-2148/2451/2263.
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